Como saber se você está com algum problema de visão?

Problemas de visão
Problemas de visão- Imagem por Freepik

Os problemas de visão podem acontecer em qualquer idade, desde a primeira infância até a terceira idade, sendo mais recorrentes após os 60 anos, mas não se limitando a essa faixa etária.

O tratamento precoce dos problemas oculares é um importante aliado para evitar o agravamento do quadro e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Como identificar um problema no olho?

Nos adultos a identificação de alteração da visão é um pouco mais fácil, em comparação às crianças pois existe uma referência prévia na qual se basear.

Ainda assim, a mudança gradativa e lenta da capacidade visual faz com que muitas pessoas se acostumem com a visão prejudicada, demorando para perceber que está com algum problema.

Algumas pessoas também podem minimizar os sintomas que indicam problemas oculares, como dores de cabeça, lacrimejamento, coceira, ardência ou dor nos olhos, problemas para se concentrar, dificuldade para ler e até fotofobia.

Esses indicativos são, muitas vezes, associados à rotina estressante, calor, ar seco e outros, retardando a procura pelo oftalmologista.

Quais são os sintomas de problemas na visão?

Conhecer quais são os sintomas ajuda a não minimizar ou relativizar esses indícios como normais da rotina, o que contribui na busca do auxílio especializado.

Os sintomas dos problemas de visão também podem variar de acordo com o quadro apresentado, mas os mais comuns associados à sensação de vista cansada incluem:

  • dor de cabeça recorrente;
  • olhos lacrimejando muito;
  • sensibilidade à luz;
  • visão embaçada;
  • dificuldade para enxergar à noite;
  • dificuldade para ler de perto;
  • vermelhidão nos olhos;
  • diplopia, ou seja, visão duplicada;
  • coceira, ardência ou dor nos olhos;
  • apertar os olhos para enxergar melhor;
  • dificuldade para ler placas ou letreiros ao longe;
  • ver pontos pretos.

Esses sintomas são os mais comuns, mas algumas pessoas vão ter manifestações diferentes mesmo com quadros similares.

Isso faz com que as alterações visuais ocorram de formas muito particulares para cada pessoa.

Por conta disso, é importante sempre estar atento a mudanças na capacidade visual e prestar atenção no corpo para identificar quais são os sinais associados.

Ao identificar qualquer alteração na visão, é importante agendar uma consulta com o oftalmologista para uma avaliação completa do quadro.

Quais são os problemas de visão mais comuns?

Miopia

Entre os problemas mais comuns e conhecidos está a miopia, caracterizada pela dificuldade em ver os objetos de longe.

Hipermetropia

A hipermetropia é outro problema de visão comum. Nesses casos, a pessoa tem dificuldade para enxergar objetos que estão próximos.

Enquanto a miopia é mais frequentemente adquirida, os pacientes com hipermetropia podem apresentar o problema desde o nascimento ou nos primeiros anos de vida.

Astigmatismo

O astigmatismo consiste na dificuldade de enxergar os objetos com nitidez, principalmente o contorno de formas. 

O problema é causado por deformação na córnea e pode se manifestar junto com a miopia e a hipermetropia.

Presbiopia

A presbiopia consiste na dificuldade para focar objetos próximos aos olhos, sendo um problema associado à idade, manifestando-se frequentemente em pessoas com mais de 40 anos.

Conjuntivite

A conjuntivite consiste em um quadro inflamatório dos olhos causada por bactérias ou vírus ou como resposta alérgica a fatores ambientais, como poeira, fumaça e poluição.

Os sintomas incluem vermelhidão, coceira, secreção e lacrimejamento em excesso, sendo que o período médio do quadro é de 7 a 15 dias.

Catarata

A catarata está entre os problemas de visão mais comuns entre idosos, sendo caracterizada pelo embaçamento resultante da opacidade da lente natural dos olhos.

Em casos de catarata o paciente apresenta comprometimento da visão, principalmente à noite e sensibilidade à luz. 

A catarata é a causa mais comum de perda de visão no mundo, mas a cirurgia e acompanhamento oftalmológico têm se mostrado efetivos para reduzir esses números. 

Glaucoma

O glaucoma consiste no aumento da pressão do olho, o que causa má visão noturna, diminuição progressiva do campo visual, pontos cegos e comprometimento da visão nos dois olhos.

O glaucoma é a segunda causa de cegueira no mundo, sendo que a perda visual pode ocorrer de forma gradual ou repentina.

Retinopatia diabética

A retinopatia diabética é uma complicação do diabetes mal controlado, causando sangramento dentro da retina que pode evoluir para perda da visão.

Por conta do risco aumentado de problemas de visão, pacientes diabéticos devem fazer consultas regulares de rotina ao oftalmologista.

Degeneração macular

A degeneração macular consiste na deterioração e afinamento do tecido da mácula, que é a área central da retina e responsável pela visão de detalhes. O problema é o maior responsável pela perda de visão após os 60 anos.

Na degeneração macular os principais sintomas incluem perda de visão central, visão distorcida e cores aparentemente desbotadas.

Descolamento da retina

O descolamento ocorre quando a retina começa a se separar da parte interna do globo ocular causando sintomas como flutuações de visão, sensação de clarão de luz ou de sombra na visão periférica. Se não tratada pode evoluir para cegueira.

A compreensão dos principais problemas de visão e os sintomas associados ajudam o paciente a identificar precocemente e buscar ajuda oftalmológica especializada mais rapidamente, melhorando as perspectivas do prognóstico após diagnóstico e tratamento.

Referências:

  1. Dra. Vivian Onoda Tomikawa CRM/SP 104419
  2. Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica

Picture of Dra. Vivian Onoda Tomikawa
Dra. Vivian Onoda Tomikawa

18 anos de experiência adquiridos em centros de excelência como Hospital das Clínicas, Hospital São Luiz e Maternidade Star – Rede D´Or.
Formada na Medicina da USP, com residência em oftalmologia pelo Hospital das Clínicas-USP.
Oftalmologista do Hospital das Clínicas-USP, Hospital São Luiz e Maternidade São Luiz-Star.
Palestrante no Congresso de Oftalmologia da USP (2018, 2019 e 2022), um dos mais renomados do país
Membro do Centro Brasileiro de Estrabismo

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